Há muito tempo, quando
eu ainda era adolescente (mais ou menos quinze anos), participei de uma
celebração eucarística muito especial. Eu buscava meu lugar na Igreja; era um vocacionado,
e tinha o ideal de servir a Deus de alguma maneira. Neste dia, eu fazia uma
experiência vocacional junto aos Frades Menores Capuchinhos. Após a recepção no
convento, fomos à celebração eucarística. Celebrava-se a festa em louvor à
Santa Teresinha. No final, os paroquianos fizeram uma peça teatral cheia de detalhes
e muito bem encenada. Como parte da peça, uma garotinha, que fazia o papel
principal de Santa Teresinha, saiu com um cesto cheio de rosas e as distribuía
entre os fiéis: “– Creio que receberei a graça que pedi e a rosa será o sinal”,
eu pensei. Entretanto, uma mulher que estava ao meu lado, foi quem a recebeu.
Como na época eu era
muito ingênuo, fiquei imaginando se realmente receberia a graça que havia pedido
à Santa. Após a oração da noite, fomos descansar. De forma curiosa e cientificamente explicável,
sonhei que alguém me presenteava com um dente-de-leão e disse que havia sido
Santa Teresinha quem havia mandado. No dia anterior, achei muito curioso, mas
não dei importância. Depois de algum tempo, quando nem lembrava, eu alcancei a
graça que havia pedido. Disso eu aprendi que não é necessário ganhar uma rosa
para que Santa Teresinha conceda uma graça, como também sei que não precisamos
(e não devemos) pedir a Deus nenhum sinal ou consolação em nossas orações. O
sonho, na psicologia, tem explicações. Mas também sei que Deus age de
maneira misteriosa e discreta.
Gabriel Mauro da Silva Rosa
Paróquia Santa Teresinha. Patos de Minas, MG. Foto: Lizandro Junior. |
Interior da igreja. Fonte da imagem: TripAdvisor |
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