domingo, 2 de julho de 2017

Século XXI: relações humanas e tecnologia.

Mafalda.
O que ofereço aqui, não é uma visão pessimista sobre relações humanas e tecnologia, mas sim uma reflexão realista sobre nossa condição atual. Basta perceber que muitas coisas mudaram: surgiram novas tecnologias que facilitaram não só a nossa rotina, mas também a nossa relação e comunicação. Nós criamos novos meios e nos tornamos dependentes deles. Ficar um minuto sem a internet por causa de problemas técnicos, por exemplo, é um motivo para o nosso desconcerto. O que deveria ter sido nossa evolução não tem sido o nosso regresso? Há quem diga que o ser humano não estava preparado para receber as novas tecnologias - celulares modernos e cada vez mais sofisticados:  a possibilidade não só de ouvir, mas de ver o outro (a), aplicativos que com um simples toque realizam transferências bancárias, isto somente para citar alguns exemplos. Acredito que o ser humano sempre esteve (e está) preparado para suas próprias descobertas. A questão não é sua falta de preparo e sim sua maturidade. Há aqueles que convivem de forma harmônica com a tecnologia, mas há também aqueles que se tornaram os seus escravos. Há quem não saiba dar atenção ao outro por estar o tempo todo conectado com as redes sociais, se relacionando de forma artificial, mas há também aqueles que ainda são capazes de oferecer calor humano. A atual geração cresceu (e cresce) com o conforto das novas tecnologias, porém grande parte não tem maturidade para utilizá-la. Diante disso, é preciso que os educadores sejam inovadores e ensinem seus filhos (alunos) a utilizar com criticidade a tecnologia. É preciso que eles os ensinem (e os inspirem com o seu exemplo), a criar laços fora das redes sociais, a serem calorosos, acolhedores e sensíveis. Infelizmente muitos pais (e também professores) se tornaram escravos da modernidade, não sendo capazes de ensinar aos filhos (e alunos) - pois o maior de todos os ensinamentos é o exemplo. É preciso que todos nós sejamos maduros e críticos diante de nossas próprias atitudes. A famosa personagem de quadrinhos - Mafalda - nos leva a questionar: "A vida moderna não tem mais de moderna do que de vida?" E com isso podemos nos perguntar: Será que temos realmente vivido? O quanto somos presos ao conforto da tecnologia? Temos criado laços, temos sido sensíveis às dores alheias? Tenho tido tempo para mim e para meus filhos de forma natural e humana sem que os meios tecnológicos o atrapalhem? O quanto sou deles dependente? É preciso pensar e repensar sobre nossas atitudes e mudá-las. É preciso que sejamos maduros e que nunca esqueçamos o que mais precioso nos foi dado: a nossa própria humanidade, o calor humano, a vida. E não podemos permitir que a tecnologia nos roube a nossa maior dignidade: o pensamento.  

Escrito por: Gabriel Mauro da Silva Rosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário